Fresquinhas e Actuais

sábado, dezembro 11, 2004

ELEIÇÕES ANTECIPADAS

As eleições legislativas são a 20 de Fevereiro, anunciou o PR na sua comunicação em que formalizou a dissolução da Assenbleia da República. Para o Presidente, "arrastar a actual situação seria cada vez mais grave para Portugal, deste modo só a dissolução da parlamentar representava uma saída"

O Presidente da República esclareceu que o Governo está com "competências limitadas"
O presidente da República, Jorge Sampaio, formalizou ontem a sua decisão de dissolver a Assembleia da República e anúnciou que as próximas eleições legislativas estão agendadas para 20 de Fevereiro.
O Presidente considerou que "as tendências de crise e a intabilidade do Governo "se revelaram " mais fortes" que o próprio Governo e a maioria paralamentar.
Mesmo sem revelar o que o levou a dissolver a Asembleia da República, Sampaio fez questão de divulgar que foi avisando o Governo que o curso da governação não estava a ir consoante os padrões de exigência.
"Refiro-me a sucessivos incidentes e declarações, contradições e descoordenações que contribuiram para o desprestígio do Governo, dos membros e das instituições, em geral." E sobre os quais, disse:"Dispenso-me de mencionar um a um, pois são do conhecimento do país."
REACÇÕES DOS PARTIDOS
Para o PSD foi "interrompido um caminho..."
"O Partido Social Democrata respeita a decisão do Presidente da República, mas dela discorda profundamente" e afirma categóricamente, " nada do que acabámos de ouvir altera a nossa opinião, afirmou Vítor Cruz. O dirigente social-democrata afirmou ainda que o PSD vai agora "concentrar energias na estratégia eleitoral. Este finalizou o discurso já em to de pré-campanha, dizendo:"o PSD está de cabeça erguida", e de" olhos postos no futuro", confiante que vai ganhar as próximas eleições".
Para o PP foi tudo uma questão de " sensibilidades" e de "tendências"
Segundo Telmo Correia, reagindo também ao discurso do PR, afirma "existindo uma maioria estável, a decisão do Presidente "devia ser tomada com base em factos" concretos e não com base em "sensibilidades ou tendências".
Para o dirigente centrista, na Assembleia da República, a coligação funcionava de forma impecável", pelo que reunia todas as condiçoõse para uma governação exemplar e não para a sua dissolução. O dirigente sublinhou a opinião do CDS/PP de que a decisão de Jorge Sampaio "abre um precedente" e "corresponde a uma presidencialização do regime, que ninguém pediu e ninguém esperava."
Para o PS, " o Governo não aproveitou a oportunidade que PR lhe deu"
Pedro Silva Pereira, reagiu em nome da direcção socialista, para este o Presidente da República "foi muito claro" na enumeração das razões que levaram a dissolver o Parlamento. Silva Pereira repetiu ainda alguns dos motivos invocados por Sampaio, nomeadamente "a crise de credebilidade que estava a afectar o país." " Isto não pode continuar assim e é a altura de o povo falar", declarou.
Para o PCP, " a instabilidade social e económica do país" seria suficiente para eleições antecipadas
Bernardino Soares, líder parlamentar comunista, acrescenta que estas eleições irá fazer regressar a estabilidade ao país.
Este está também confiante numa virágem de politica para a esquerda e defendeu um reforço na votação no PCP, argumentando que a "votação no PCP é derrotar a direita."
Para o BE "as eleições são uma oportunidade de clarificação"
Francisco Louçã, reagiu satisfeito com o discurso de Jorge Sampaio, afirmando que "a única pessoa, em Portugal, que não tinha percebido as razões da decisão era Pedro Santana Lopes".
Fonte: Público